Depois do lançamento da nova loja da Balenciaga em Londres, nós ficamos com muita vontade de falar um pouco sobre esta arquitetura bruta, que explora o concreto em sua forma mais crua. Vocês já viram fotos da loja por aí?
Crédito: Reprodução/Dezeen
A inspiração veio dos canteiros de obras e nas instalações se vê muitos elementos de construção e muito concreto nas paredes, pisos e tetos dos dois pavimentos do edifício. Revistas de moda têm retratado o espaço como “luxo moderno” e, segundo a própria marca, a ideia é que “o visitante entra num espaço que foi concebido para incutir um sentido de temporalidade e permanência na experiência atual. A própria natureza da autenticidade é posta em causa pela simulação física da passagem do tempo”.
Crédito: Reprodução/Dezeen
A fachada também segue a mesma linha do interior e é revestida com um concreto envelhecido. As grandes janelas, que vão do chão ao teto, dão vista para o interior da loja e, particularmente, achamos impossível não gerar impacto. Um porta voz da Balenciaga conta que “isso introduz o que chamamos de Arquitetura Bruta. Tem elementos de canteiros, projetos de engenharia civil e espaços abandonados, mas equilibrados com detalhes mais delicados”.
Crédito: Reprodução/Dezeen
Agora vamos de um pouco de história?
Definitivamente não é de hoje que o concreto aparente é apreciado na arquitetura. Mesmo dividindo opiniões, na Grã-Bretanha, pós-guerra, com a limitação de recursos e muitas demandas na construção civil, a Arquitetura Brutalista surgiu como uma solução e ganhou espaço, principalmente na construção de edifícios governamentais. O movimento é bastante associado ao modernista Le Corbusier, por causa dos famosos projetos das Unités d’Habitation, em Marselha, cidade da França.
Crédito: Vincent Desjardins
Aqui no Brasil, o movimento chegou um pouco antes da década de 50 e na década de 70 se popularizou, como em todo o mundo. Um superconhecido edifício projetado por Lina Bo Bardi, e que tem forte referência na Arquitetura Brutarlista, é o MASP (Museu de Arte de São Paulo).
Crédito: Arquitetura e Urbanismo para todos
É importante falar sobre a Arquitetura Brutalista para falar sobre o uso, cada vez mais criativo, do concreto aparente. No início, a preocupação era de longe estética, o que se buscava era funcionalidade e sobretudo a durabilidade do material. Hoje, com os avanços da tecnologia e mesmo com outras percepções sobre o concreto aparente, é muito comum nos depararmos com placas cimentícias em paredes, pisos e fachadas por aí.
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